O Quadro Em Algum Lugar do Passado republica a entrevista com o volante autor da façanha em 2006, quando o Falcão estreou no Campeonato Paulista da Segunda Divisão em Sumaré
Foto 1. O volante Bruno Perdoense, no centro com o troféu, autor do primeiro gol do SC Atibaia em 2006, quando o Falcão estreou no Campeonato Paulista da Segunda Divisão, em Sumaré
Foto 2. No SC Atibaia em 2006, o primeiro jogo do time, Bruno é o terceiro em pé (Arquivo: Thiago Brígida)
Foto 3. No SPR, em 2004, Bruno se consolidou como jogador de respeito em Atibaia e buscava se profissionalizar. Ele está agachado, é o quinto da esquerda pra direita
Futebol História. Na manhã de domingo, dia 9 de abril de
2006, em Sumaré, como publicamos na edição de 14 de abril daquele ano, o SC
Atibaia fez o primeiro jogo oficial pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão
(quarta na verdade), em Sumaré, em jogo que terminou empatado em 1 a 1.
O Sumaré abriu o placar com o gol de pênalti cobrado por
Cosme, no início do segundo tempo. O SC Atibaia, aos 33 minutos, Juninho lançou
João Paulo que foi até a linha de fundo, cruzou na área e Bruno Perdoense
empatou.
‘‘Tinha chegado do São Bernardo, feito um excelente ano lá e
nas semanas que antecederam o jogo estávamos treinando, perdi a vaga de titular
porque tinham mais dois jogadores feras na minha posição, um ex-São Paulo,
jogava muito e o outro mais menino, excelente. Então fiz meu papel nos treinos
e fui para o jogo como titular. Sumaré estava ganhando, no segundo tempo saiu a
jogada pela esquerda, o centroavante levou pra linha de fundo e cruzou rasteiro,
cheguei batendo de primeira e tive a sorte de empatar. Uma honra fazer parte da
história de um clube profissional, ainda mais sendo da cidade vizinha’’, conta
Bruno Perdoense.
O supervisor de logística de Bom Jesus dos Perdões, Bruno
Everton Câmara começou a jogar futebol quando morava em Matão, na base da Matonense.
Profissionalmente jogou no São Bernardo, que hoje disputa a Primeira
Divisão do Paulista, foi para o Rio Grande do Sul, emprestado para jogar a Primeira
do Gaúcho pelo Gaúcho FC, de Passo Fundo, mas o São Bernardo mandou ele voltar
pra jogar a Copa São Paulo de Juniores. No SC Atibaia ficou dois anos.
‘‘Tenho um acesso para a terceira divisão, pode se
considerar um título pela dificuldade, no amador tenho títulos da primeira em
Atibaia, várias Copas Atibaia e um dos poucos que teve o prazer de ganhar três
anos seguidos a Copa, também ganhei duas vezes pelo São Francisco em Itatiba,
em Bragança Paulista não ganhei, mas fui finalista e pelo Brasinha perdemos o Amador
do Estado na semifinal, mas ficamos entre os quatro melhores’’, disse.
No amador de Atibaia conquistou a Primeira Divisão pelo SPR
em 2004, em 2012 no América, 2014 no AZ de Ouro e em 2018 pelo Brasinha.
Sobre a carreira profissional conta: ‘‘muita imaturidade,
quando tinha tudo só queria farra, sempre fui um grande jogador, tinha tudo
para ter ido mais longe, não me arrependo. Vida de jogador é curta, senão
aproveita acaba rápido, o futebol me mostrou como enfrentar a vida, dar valor
nas coisas quando se têm, mudei muito depois que perdi minha chance por culpa
minha mesmo’’, diz.
E as lembranças do tempo de SC Atibaia?
‘‘Boas são os amigos que fiz, o gol que me proporcionou este
momento. Algumas lembranças ruins. No primeiro ano no SC Atibaia, no terceiro
jogo contra o Capivariano, em casa, no Alvinópolis, machuquei o joelho feio,
fiquei de muleta. Passado uma semana meu empresário não sabia do ocorrido, me
ligou querendo me levar para o Rio Branco de Americana, estava tudo certo, era
só ir, na época o time era da Primeira do Paulista e Terceira do Brasileiro,
perdi a chance e com a diretoria tive grandes problemas, muitas pessoas
oportunistas querendo ganhar dinheiro e não sabiam nada. No segundo ano
problemas novamente com a diretoria, me machuquei e me afastaram. Fiquei
tranquilo, acionei a Justiça porque não estava recebendo, aí o mesmo treinador
que me queria falou que eu parei de treinar porque quis, que eu abandonei o
time, sendo que eles me afastaram’’, lembra.
O estádio do Alvinópolis, ali foram vários jogos?
‘‘O Alvinópolis foi importante na vida de muitos da região
que gostam não só de futebol mas do esporte, lembro quando vinha jogar em
Atibaia e já perguntava onde é o jogo, é no Alvinópolis? Tem toda uma
identificação, é de praxe ir no Alvinópolis, tomar uma no Bar do Juvenal’’,
finalizou.
Alunos da Escolinha do Palmeiras continuam treinando à distância
Foto 4. Os alunos da escolinha (Foto feita antes do fechamento da quadra da escolinha)
Futebol Base. A Escola Oficial do Palmeiras em Atibaia,
mesmo com a paralisação dos treinamentos na unidade continuam ativos através de
treinamentos online. O coordenador Thiago Oliveira nos contou:
Como estão os treinamentos a distância?
‘‘Estamos ativos! Criamos uma competição onde mandamos
atividades regularmente. Os alunos nos enviam os vídeos com os exercícios. Ao
final vamos premiar os três primeiros de cada categoria’’.
São quais categorias?
‘‘As quatro: sub sete, sub onze; sub treze e sub quinze’’.
A garotada ficou chateada em não poder treinar na unidade?
‘‘Sempre fica! Nada substitui a aula presencial. Em breve
voltaremos mais fortes!’’.
O planejamento pra 2021 mudou?
‘‘Não, as avaliações na base permanecem. A tendência é as
datas serem transferidas pro segundo semestre, caso a paralisação permaneça
mais tempo. O clube vem nos mantendo atualizados’’.
E o que falar do futuro?
‘‘Estamos na pior fase da Pandemia. Precisamos seguir os
protocolos. Deixo um pedido aos alunos, pais e todos: sigam as orientações de
combate à Covid. Não é hora de diminuir ação nesse sentido. Até que todos
estejam vacinados!’’, finalizou.
Coluna Dois Toques Chanca
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