O volante Bruno Perdoense foi o autor da façanha em 2006,
quando o Falcão estreou no Campeonato Paulista da Segunda Divisão em Sumaré, em
jogo que terminou empatado em um a um. O jogador saiu do futebol amador e
seguiu carreira profissional
Foto da Capa 1. O volante Bruno Perdoense, no centro com o
troféu, foi o autor do primeiro gol do SC Atibaia em 2006, quando o Falcão
estreou no Campeonato Paulista da Segunda Divisão (quarta na verdade) em
Sumaré, em jogo que terminou empatado em 1 a 1
Foto: O SC Atibaia de 2006. Bruno Perdoense agachado, o segundo da esquerda para a direita
Foto 2. No SPR, em 2004, Bruno se consolidou como jogador de
respeito em Atibaia e buscava se profissionalizar
Foto 3. Bruno no Az de Ouro, campeão da Primeira Divisão em
2014
Foto 4. Bruno no Brasinha, capitão do time no Amador do Estado
2017
Futebol História. Na manhã de domingo, dia 9 de abril de
2006, em Sumaré, como publicamos na edição de 14 de abril daquele ano, o SC
Atibaia fez o primeiro jogo oficial, pelo Campeonato Paulista da Segunda
Divisão (quarta na verdade), em Sumaré, em jogo que terminou empatado em 1 a 1.
O Sumaré abriu o placar com o gol de pênalti cobrado por
Cosme, no início do segundo tempo. O SC Atibaia, aos 33 minutos, Juninho lançou
João Paulo que foi até a linha de fundo, cruzou na área e Bruno Perdoense
empatou.
‘‘Tinha chegado do São Bernardo, feito um excelente ano lá e
nas semanas que antecederam o jogo estávamos treinando, perdi a vaga de titular
porque tinham mais dois jogadores feras na minha posição, um ex-São Paulo,
jogava muito e o outro mais menino, excelente. Então fiz meu papel nos treinos
e fui para o jogo como titular. Sumaré estava ganhando, no segundo tempo saiu a
jogada pela esquerda, o centroavante levou a linha de fundo e cruzou rasteiro,
cheguei batendo de primeira e tive a sorte de empatar. Uma honra fazer parte da
história de um clube profissional, ainda mais sendo da cidade vizinha’’, conta
Bruno Perdoense.
O supervisor de logística de Bom Jesus dos Perdões, Bruno
Everton Câmara começou a jogar futebol quando morava em Matão, na base da Matonense.
Profissionalmente jogou no São Bernardo, que hoje disputa a Primeira
Divisão do Paulista, foi para o Rio Grande do Sul, emprestado para jogar a Primeira
do Gaúcho pelo Gaúcho FC, de Passo Fundo, mas o São Bernardo mandou ele voltar
para jogar a Copa São Paulo de Juniores. No SC Atibaia ficou dois anos.
‘‘Tenho um acesso para a terceira divisão, pode se
considerar um título pela dificuldade, no amador tenho títulos da primeira em
Atibaia, várias Copas Atibaia e um dos poucos que teve o prazer de ganhar três
anos seguidos a Copa, ganhei duas vezes pelo São Francisco em Itatiba, em
Bragança Paulista não ganhei, mas fui finalista e pelo Brasinha perdemos o Amador
do Estado na semifinal, mas ficamos entre os quatro melhores’’, disse.
No amador de Atibaia conquistou a Primeira Divisão pelo SPR
em 2004, em 2012 no América e 2014 no AZ de Ouro.
Sobre a carreira profissional conta: ‘‘muita imaturidade,
quando tinha tudo só queria farra, sempre fui um grande jogador, tinha tudo
para ter ido mais longe, não me arrependo, gostei do que fiz, da história que
ficou, dos amigos que fiz. Vida de jogador é curta, senão aproveita acaba
rápido, mas foi muito bom, acho que o futebol me mostrou como enfrentar a vida,
dar valor nas coisas quando se tem, mudei muito depois que perdi minha chance
por culpa minha mesmo’’, diz.
Bruno conta se conseguiu ganhar dinheiro no futebol: ‘‘não,
mas ganhei coisa muito mais importante, amigos. Muitas pessoas que só vê jogo
pela televisão acham que o futebol é maravilhoso, sim, o jogo sim, mais todo o
restante é difícil, a realidade é outra, quem ganha dinheiro são os grandes
jogadores, quem está começando passa fome, frio, não tem nem onde dormir, vi
muita coisa feia, mas também presenciei e vivi grandes momentos nos bastidores
que nunca vou esquecer, convivi com grandes jogadores consagrados dentro e fora
do campo, o futebol me proporcionou uma das melhores experiência de vida’’,
relata.
E as lembranças do tempo de SC Atibaia?
‘‘Boas são os amigos que fiz, o gol que me proporcionou este
momento. Algumas lembranças ruins. No primeiro ano no terceiro jogo contra o
Capivariano, em casa, no Alvinópolis, machuquei o joelho feio, fiquei de muleta.
Passado uma semana meu empresário não sabia do ocorrido, me ligou querendo me
levar para o Rio Branco de Americana, estava tudo certo, era só ir, na época o
time era da Primeira do Paulista e Terceira do Brasileiro, perdi a chance e com
a diretoria tive grandes problemas, muitas pessoas oportunistas querendo ganhar
dinheiro e não sabiam nada. No segundo ano problemas novamente com a diretoria,
me machuquei e me afastaram. Fiquei tranquilo, acionei a Justiça porque não
estava recebendo, aí o mesmo treinador que me queria falou que eu parei de
treinar porque quis, que eu abandonei o time, sendo que eles me afastaram’’,
lembra.
Sobre o atual momento do SC Atibaia: ‘‘não acompanho a
história do clube, sei pouco, é novo e já teve acesso para a segunda divisão,
importante para a cidade, mas por causa do estádio não deu certo, tendo que
ficar na terceira’’.
Questionado a respeito da construção do novo estádio: ‘‘acho
muito importante e tomara que não fique só no papel, porque nada melhor que você
jogar na sua casa, com a torcida empurrando, isso em certos momentos faz toda a
diferença’’, diz.
O estádio do Alvinópolis, ali foram vários jogos, caso deixe
de existir vai deixar saudade?
‘‘O Alvinópolis foi importante na vida de muitos da região
que gostam não só de futebol mas do esporte, vai deixar saudades, lembro quando
vinha jogar em Atibaia e já perguntava onde é o jogo, é no Alvinópolis? Tem
toda uma identificação, é de praxe ir no Alvinópolis, tomar uma no Bar do
Juvenal, vai deixar saudades aos da Velha Guarda como eu, mas agora o momento é
dos novos, não vão sentir falta’’, finalizou.
Coluna Dois Toques Chanca
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Profissional. Nos amistosos, 7/1, em Campinas, SC Atibaia 1
x 3 Ponte Preta e 10/1, em Piracicaba, SC Atibaia 2 x 1 XV de Piracicaba. Dia
12/1 enfrentou o Palmeiras, em São Paulo. O time estreia em Indaiatuba na Série
A-3, 17/1, às 16h00, contra o Rio Branco (Americana).
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Amador 1. A Copa Chicão, 7/1, Boa vista 4 x 0 U. Soriensse,
San Tomé A 4 x 0 Sul Brasil, San Tomé B 1 x 2 Cachoeira, Stella 6 x 0 Brogotá,
Dragões 0 x 0 Protheus, Inter 0 x 2 Canela Quebrada, Az de Ouro 1 x 2 Brasinha,
Chácaras Brasil 2 x 4 Acadêmico, AGFC 2 x 1 Real Moleke, SPR 2 x 2 Kaveirão, Unidos
Portão 0 x 3 América, Trevo 1 x 4 Portão, Unidos 0 x 5 Vila Nova, Sol Nascente
7 x 2 Náutico, Morro Grande 3 x 1 Atibaense e Catadão 2 x 0 Tanque.
Amador 2. No dia 14/1, no Centro Rural, 09h00, Protheus x América,
11h00, San Tomé A x Kaveirão, 13h00, Tanque x Unidos e 15h00, San Tomé B x Náutico.
No Alvinópolis, 09H00, Real Muleke x Trevo, 11h00, Az de Ouro x Vila Nova, 13h00,
Unidos Portão x Morro Grande e 15H00, Atibaiense x Boa Vista. No Portão, 09h00,
Soriense x Dragões, 11h00, Portão x Sol Nascente, 13h00, Acadêmicos x Catadão e
15h00, Brogotá x SPR. Na Cachoeira, 09H00, Canela Quebrada x Stella, 11h00, Cachoeira
x AGFC, 13h00, Sul Brasil x Inter e 15h00, Brasinha x Chácaras Brasil.
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Copinha. Pela Copa São Paulo de Juniores, em Indaiatuba, 6/1,
Primavera 0 x 1 SC Atibaia e 9/1, SC Atibaia 1 x 2 Globo/RN. Em Mogi das Cruzes,
6/1, União 1 x 2 Bragantino e 9/1, Bragantino 0 x 4 Trindade.
Foto 8. Esses são o Jacy, Giba e Rogério Ita do SPR, no
final de 2017, na entrega de brinquedos as crianças da escolinha de futebol,
com o apoio do parceiro Araújo. E seguem firme ensinando o futebol aos garotos
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