segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Goleiro de Atibaia agora é árbitro de ponta 07022015

O árbitro Leandro Bizzio Marinho, conhecido em Atibaia como Lobinho, hoje faz parte do quadro da Federação Paulista e da CBF, trabalhando nas principais competições do país. Quando morou em Atibaia foi goleiro do futebol amador da cidade
Foto. O árbitro Leandro Bizzio Matinho 

Futebol. O árbitro Leandro Bizzio Marinho, de 36 anos de idade, 9º do Ranking de São Paulo, que possui mais de 500 árbitros, é do quadro Nacional (CBF) na categoria de CBF-1. Nascido em São Paulo, empresário do setor de Auto Peças, em Santo André, onde mora atualmente, tem uma história de vida muito ligada ao futebol de Atibaia.
Leandro veio morar em Atibaia quando tinha 7 anos de idade, na Rua Otávio Passos, de Esquina com o Campo do Alvinópolis e foi lá, com o treinador Nelson, que deu os primeiros passos no futebol. Mas antes, quando morava em São Paulo, já quebrava alguns vasos, vidros no apartamento na Barra Funda, chutando bola na parede pra fazer a defesa, meu pai (Marcos) e meu avô (Laércio) eram obrigados a chutar bolas pra eu defender. Jogou na linha também e admite que jogava muito bem, mas a paixão sempre foi ser goleiro.
Em Atibaia ficou até os 18 anos de idade, mas continuou vindo todos os finais de semana para jogar o Campeonato Amador pelo Nacional, São João e a Portuguesa. A sua base no futebol foi praticamente toda com o já falecido Edvanir Miranda da Silva, o Miranda, no Grêmio, no bairro do CTB.
‘‘Também tive passagens por alguns clubes profissionais, que prefiro não cita-los por motivos éticos. No Amador também joguei por times de São Paulo e Caieiras, que também tinham o nome de Nacional’’, conta Marinho.
Leandro explica como surgiu a arbitragem na sua vida: ‘‘eu jogava no Nacional e antes do Inicio dos campeonatos fazíamos alguns amistosos para acertar o time e tinha sempre o primeiro e o segundo quadro e eu sempre apitava o segundo, mesmo não conhecendo as regras do jogo. Foi quando em um amistoso em Atibaia, o ex assistente da Federação Paulista e da CBF, que morava em Atibaia, Tércio Thompson, me viu apitando um desses jogos e ao final me disse: “Lobinho, você sabia que leva jeito pra apitar? Você deveria fazer um curso pra aprimorar o conhecimento das regras e investir nisso, vai ser melhor do que você ficar jogando no futebol amador”. E me deu um cartão do Sindicato dos Árbitros de São Paulo, procurei a entidade e fiz o curso no primeiro semestre de 2003 e ao término da 1ª Divisão de Atibaia, conquistei o título pelo Nacional e anunciei minha aposentadoria das luvas’’.
As primeiras arbitragens foram nas categorias de base: ‘‘meu início mesmo foi no amador, inclusive meu laboratório, em Atibaia, no segundo semestre de 2003 apitei os campeonatos da cidade, inclusive a final, onde vi que realmente levava muito jeito para a profissão e fui buscar fazer o Curso da Federação em 2004, começando apitar o Paulista de base Sub-15 e 17, em 2005’’, diz.
O Apelido de Lobinho surgiu quando jogava nas categorias de base: ‘‘nasceu no Grêmio, quando comecei a treinar com o Miranda ele disse: “você tem olhos de lobo, parece um lobinho”, aí pegou e hoje sou mais conhecido em Atibaia por Lobinho do que pelo meu nome e tenho muito orgulho dele, apesar de só aceitar que os atibaienses me chamem assim, fora daí sou chamado de Bizzio, que é meu sobrenome’’, explica.
A escalada no mundo da arbitragem não foi fácil: ‘‘é uma profissão sofrida, com altos e baixos, Ilusões e desilusões, como tantas outras, mas tem algo que diferencia das demais, quando você começa ela é viciante, entra na veia e você não consegue ficar sem. Minha trajetória até que não foi demorada, fiz o curso amador de 2003, o da Federação em 2004, comecei a atuar na base em 2005, depois a Segundona,  A-3, A-2, até que em 2010 subi para a Série A-1 do Paulista, estreei apitando o dérbi Santo André 2 x 2 São Caetano e em 2011 ascendi para o quadro Nacional onde vim atuando pelas Séries D, C e B, até que em 2012 apitei meu primeiro jogo pela Série A do Campeonato Brasileiro, no Pacaembu, Corinthians 1 x 1 Portuguesa, com 40.000 pessoas’’.
E entre tantos clássicos que já trabalhou como São Paulo x Palmeiras, São Paulo x Corinthians e outros, tem a lembrança dos jogos mais difíceis: ‘‘alguns como: Bragantino 2 x 1 Santos, São Paulo 1 x 2 Corinthians , São Paulo 0 x 0 Palmeiras. A arbitragem da minha vida, que me levou ao Quadro Nacional foi sem dúvida Santos 2 x 0 Noroeste, em 2011, na Vila Belmiro, uma grande atuação e fui visto com melhores olhos pela Comissão de Árbitros de São Paulo e da CBF’’.
O árbitro fala como administra a paixão dos torcedores, dirigentes e outras pessoas envolvidas no futebol: ‘‘infelizmente é uma péssima cultura do nosso futebol as reclamações de torcedores, jogadores, dirigentes e até da imprensa, pois alguns acabam esquecendo que somos seres humanos e passivos sim de erros, como um atacante erra um gol ou um goleiro toma um frango, nós árbitros também podemos errar, sabendo identificar o motivo que me levou ao erro, podendo aperfeiçoar mais e aprender com eles. Em nossa vida toda vamos aprender com os erros e na arbitragem não é diferente. Nós ficamos muito tristes quando um erro acontece com a gente e nunca entramos em uma partida com a intenção de prejudicar esse ou aquele time’’, desabafa.
Leandro conta quais árbitros serviram ou servem de espelho para ele: ‘‘no início admirava o Paulo Cesar Oliveira, com arbitragens firmes, disciplinadoras e muita qualidade técnica e conhecimento profundo da regra, com o tempo aprendi a admirar nosso mais recente aposentado, Wilson Luis Seneme, foi um dos melhores árbitros que esse país teve. Me agrada muito ver atuar o Oscar Ruiz (Colômbia) e o Jorge Larionda (Uruguai)’’.
E o nível da arbitragem nacional como está?
‘‘É fato que se você pegar a arbitragem de uns dez anos atrás e comparar com as de hoje houve uma significativa melhora do nível, mas entendemos também que ainda temos muito que progredir, inclusive em tecnologia e profissionalização, pois somos os únicos no meio que não são profissionais, mas somos cobrados como se fossemos’’, opina.
Entre diversos acontecimentos, o árbitro destaca dois: ‘‘no Guarujá, pela Segundona, o clube mandande nos mandou suco em uma garrafa Pett e quando colocamos no copo para beber, eis a surpresa, o suco estava repleto de moscas, parecendo suco de Maracujá, mas era de Laranja. Outro foi no clássico São Paulo 1 x 2 Corinthians, onde apitei um pênalti para o Corinthians e para minha surpresa e indignação o goleiro do São Paulo, Rogério Ceni, ao tentar justificar que não teria feito o pênalti, se ajoelhou aos meus pés, jurando que não cometeu o pênalti. Logo pra mim, que fui goleiro a vida toda e sempre o admirei como grande goleiro que é, e de repente o vejo ajoelhado na minha frente, isso sem duvida vai ficar pra vida inteira’’, conta.
O árbitro tem um time da sua preferência?
‘‘Não posso te responder, mas pode ter certeza que torço muito para a arbitragem se dar bem. Eu seria muito hipócrita se dissesse que não torço para algum time, mas após entrar para o meio da arbitragem essa relação de torcedor diminui muito, eu diria que drasticamente, pois o que importa pra mim é entrar dentro de campo e dar o meu melhor para o espetáculo, tendo uma ótima arbitragem, fazendo com que o resultado final da partida seja consolidado com justiça, sem nenhum dolo a nenhum clube ou torcedor’’.
E voltado no tempo, na época que jogou de goleiro em Atibaia, as lembranças são várias: ‘‘muito boas, inesquecíveis, aprendizados pra vida. Poderia citar muitas, mas prefiro citar algumas pessoas que marcaram e contribuíram muito para meu crescimento futebolístico e como homem, que são: Miranda, meu treinador de toda minha base, ensinando todos os fundamentos da posição, era um grande treinador de goleiros; Carlos Chuin do São João, que me adotou como filho, que infelizmente só tive o prazer de conviver nos últimos três anos de sua vida, me ensinou muito taticamente e me orientava muito na minha vida; Jair do Nacional, que tocava com o maior prazer, com recursos próprios, com muito amor, o time, dando inúmeras vezes exemplos de simplicidade e humildade; Ben-Hur do São João, esse aprendi a admirar e respeitar, pois me ensinou muito taticamente e me orientava tanto dentro como fora de campo, sem duvida um grande cara e os amigos e companheiros que fiz ao longo de toda minha trajetória como jogador, não fiz inimigos, só tenho amigos e ótimas lembranças’’.
E conquistou vários títulos em Atibaia: ‘‘foram muitos, creio que todos os possíveis na cidade, outros fora que íamos disputar. A Copa Atibaia várias vezes, o Municipal e outros tantos, goleiro menos vazado em várias edições, sem contar categoria de base pelo Grêmio. Mas o que não sai da minha cabeça é um titulo que não conquistei, fui vice da Copa Atibaia de 1999, disputava pelo São João, comandado pelo Chuin, tínhamos um grupo muito jovem, mesclada com a experiência do Ben-Hur, fizemos uma competição fantástica, eliminando todos os favoritos e perdendo na disputa de pênaltis para o Nakazawa, realmente uma pena’’, lamenta o ex-jogador, derrotado pelo time que na época era da 3ª Divisão da cidade.
E entre os clubes que defendeu admite qual foi o preferido: ‘‘não dá pra negar que eu amei muito jogar pro Nacional e era por Amor sim, pois apesar de ter ganho algumas vezes, por muitos anos joguei de graça, colocando dinheiro do bolso para vir de São Paulo, jogando uma vez até com quarenta graus de febre, quando o Jair foi me buscar em casa e sai com a desculpa pra minha mãe que só ia assistir o jogo, sendo que minhas coisas já tinham sido jogadas pela janela e ela só ficou sabendo quando ouviu a transmissão na Rádio Atibaia, ela e meu pai foram me buscar quando acabou o jogo, lembro que vencemos essa partida por 2 a 0, contra o SPR, mas confesso que se fosse alguma bola mais difícil no gol, fatalmente eu tomaria o gol, pois estava muito debilitado, foram coisas assim que fiz e não me arrependo, pois amava muito o Nacional e o esporte que me dediquei e dedico na função de árbitro’’, cita.

Coluna Dois Toques Chanca


Foto 1. A Rey Brasil Auto Peças, parceira na cobertura esportiva em Atibaia e Região

Parceira. A Rey Brasil Auto Peças tem sido parceira do jornal na cobertura do esporte de Atibaia e também na participação do Bragantino no Paulistão 2015, através da Rádio Bragança, que tem nosso editor de esportes, Fábio Silvério, como repórter. A Rey Brasil trabalha com todas as linhas de peças nacionais e importadas, com garantia e qualidade. Está atendendo em Atibaia em novo endereço e em sede própria, perto do antigo prédio, na rua Eurico de Souza Pereira, 308, no Alvinópolis, perto do Estádio Salvador Russani. Telefone: 4411-2289.

Profissional 1. O SC Atibaia estreou com vitória de 2 a 0 sobre o Rio Preto, na Série A-3 do Paulista. O meia Rossini foi o destaque do jogo de domingo, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. O jogador fez o primeiro gol e deu o passe para Adauto marcar o segundo. O time jogou na cidade vizinha por estar com o estádio interditado. O Falcão atuou com Roni, Maurício, Kauê, Márcio Santos e Kaique (Danilo), Thierry (Léo Cruz), Juninho, Paraíba e Renatinho; Rossini e Adauto (Henrique Bahia), o técnico: Luiz Müller.

Profissional 2. Na 2ª rodada, na quarta-feira, 4/2, às 20h00, o SC Atibaia perdeu por 1 a 0 para a Inter, em Limeira, no Estádio Major Levy Sobrinho. O gol foi de Léo Gonçalves, aos 6 minutos do 2º tempo e está na 9º colocação com 3 pontos. Na 3ª rodada, domingo, 8/2, o SC Atibaia enfrenta o Cotia, no Estádio da Rua Javari, na Mooca, em São Paulo, no Juventus, às 16h00. E na 4ª rodada, joga no dia 11/2, às 16h00, contra o Nacional, em Atibaia, caso o Estádio Salvador Russani esteja liberado.

Foto 2. O Carlão do Bar dos Amigos e da Renova Funilaria convida à todos para o Almoço no Pesqueiro Caipira com o show de João Pedro e Juan

Show. O Palmeirense Carlão da Renova Funilaria e do Bar dos Amigos, no Cerejeiras, convida à todos a prestigiarem o Almoço no Pesqueiro Caipira, na Rod. Dom Pedro, a partir das 11h00, neste domingo, 8/2, que contará com o show da dupla sertaneja João Pedro e Juan.

Rápidas. Confira o jornalista Fábio Silvério na TV Altiora, de segunda à sexta, às 20h00, na apresentação do Altiora Jornal e às 10h30, no Altiora News. Em Atibaia pelo UHF 29 e NEET 25. Veja também informações esportivas no www.blogdofabiosilverio.blogspot.com.br.

Foto 3. Nosso leitor, o corinthiano Marcos da Somma Contabilidade, está super feliz e não somente pela estreia do Timão na Libertadores

Feliz. A vitória de goleada do Corinthians diante do Once Caldas da Colômbia, no primeiro jogo da Pré-Libertadores, digamos que foi a cereja que faltava no bolo. Afinal Marcos está mais feliz por ter recebido na terça-feira, 3/2, a informação de que foi aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil e agora será o Dr. Antônio Marcos Beline. Parabéns. Quem acompanhou a trajetória sabe do esforço e da dedicação que o Marcos teve para chegar ao objetivo. E vai Corinthians.

PATROCINADORES

TAPEÇARIA BRASIL

CASA DAS BORRACHAS

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